sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vamos aprender a conviver com as diferenças?

Não é novidade para ninguém que a sociedade atual caminha para uma geração cada vez mais mente aberta. Hoje se busca unir todas as tribos, ao invés de isolar. Virou cafona, anti-social e repugnante discriminar uma pessoa só porque ela é negra, aidética, gay, entre outras características que era motivo de exclusão de grupos para o convívio social.

Vamos relembrar de algumas burrices de quem já habitou o Planeta Terra, ao condenar alguém por achar que essa pessoa era "diferente" das demais.

Em 1200, a fogueira da inquisição da Igreja Católica foi uma das maiores desgraças que ocorreram na história da humanidade. Em nome de Jesus Cristo, sacerdotes católicos montaram um esquema enorme para matar todos os "hereges" na Europa. A heresia era definida da forma como Roma quisesse definir; isso abrangia desde pessoas que discordavam da política oficial, aos filósofos herméticos (praticantes de Magia Negra), judeus, bruxas, e os reformadores protestantes. (Fonte: A Espada)

No quesito racial, os negros ainda enfrentam muitos problemas - no presente - como salários mais baixos que os brancos, disputa por cotas nas universidades, etc. Porém, não podemos esquecer que já foi muito pior.

Até a década de 60 nos Estados Unidos, negros e brancos usavam banheiros diferentes. Os ambientes eram todos separados e a divisão era muito grande. Não podemos esquecer a Ku Klux Klan que botava fogo em casas de negros, matando diversas famílias, por se achar superior. Era um ABSURDO propriamente dito. Então o reverendo Mather Luther King fez aquele discurso do "Eu tenho um sonho" que ficou na história, assistido por muitas pessoas.

Com os aidéticos, o problema ainda persiste. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontou que, das oito mil pessoas entrevistadas no Brasil, 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola. (Fonte: Vila Mulher)

A tendência deste problema é diminuir. O governo investe e faz campanhas para conscientizar as pessoas dos riscos, e combater a discriminação. Uma decisão em 1987 da Assembléia Mundial de Saúde - com apoio da ONU - criou o Dia Mundial de Luta contra a AIDS (1 de dezembro), que tem o propósito de reforçar a solidariedade, tolerância, compaixão e compreensão por pessoas infectadas com o vírus do HIV. (Fonte: Hospital Tacchini)

E o preconceito mais recente que a sociedade está combatendo, é contra os gays. Não precisamos ir longe. Quem tem mais de 18 anos lembra bem de como uma pessoa era tratada no colégio, quando apresentava este comportamento diferenciado. Eram excluídas de rodinhas de amigos, deixados de escanteio nos trabalhos em grupo e isolados do convívio social com os outros no recreio. Ou seja, eram sinônimos de DEBOCHE.

Eu não sei o que faltava na nossa cabeça para considerar normal este tipo de tratamento. Parafuso a menos, será? Ou falta de amadurecimento? Não sei, mas o que notamos na geração século XXI é de uma sociedade mais tolerante neste aspecto. Acredito que estamos próximos do patamar, em que o respeito para lésbicas e gays ultrapassa 50% da população. Isso é bom? Lógico!

Vivemos uma era de inclusão, respeito e tolerância com a diferença do próximo. A internet e suas redes sociais vieram para consolidar esta façanha. Se queremos uma sociedade cada vez mais justa e democrática, pra quê vamos excluir uma pessoa da nossa roda de amizade só porque ela gosta de pessoas do mesmo sexo? Se ela é um ser humano, uma pessoa provida de inteligência e boa índole, não faz mais sentido aquele comportamento de risos e deboches descarregados neles até recentemente.

Fico frustrado quando estou em rodas de conversas e o assunto cai no questionamento se o fulano ou a fulana é ou não gay? Penso que se ela ou ele for - isso só cabe para aquela pessoa. Não tem porque nos metermos no que eles estão fazendo ou deixando de fazer (em relacionamentos). O resultado final não fará a mínima diferença, pois a geração atual não tolera mais a condenação e exclusão destas pessoas. Logo, se a mulher ou o homem não tornaram público a opção de vida deles, não cabe a nós levantar esta questão.

Uma reportagem da revista Veja (publicada em 12 de maio 2010), fala bem sobre este caso: A Geração da Tolerância. Ela mostra o processo de abertura do diálogo entre grupos héteros e homossexuais que até pouco tempo mantinham distância e não se misturavam. Hoje conversam, são amigos e - em alguns casos - formam grandes grupos de amizades.

Assim como todos os preconceitos foram amenizados com o tempo (alguns derrubados), este é mais um que deve ser combatido. Quando for conversar com eles, é preciso tratá-los com a naturalidade que o mundo moderno exige.

"Todos os dias quando voce acorda, voce tem duas opçoes: Voltar para a cama e continuar sonhando ou levantar-se e ir atrás de seus sonhos."

Abraços, Sônia