domingo, 8 de agosto de 2010

Ninguém é de Ninguém!

Eu caminho pelas ruas e sem destino
Vejo teu rosto refletido nas vidraças
Nas calçadas, meus pés andam sozinhos
E me perco nas esquinas - solitária!

Uma chuva vem caindo e de mansinho
Se mistura à minha lágrima silenciosa
Meu coração sensível, não te esquece
E não encontro lenitivo pra saudade...

Mas compreendo que o amor não é eterno
Nem é eterna esta vida que nos prende
A este corpo que se faz só mensageiro...

E se o tempo passa, o mesmo nos protege
Contra a tristeza que se faz pelos caminhos
Porque na verdade, ninguém é de ninguém!

Ninguém é de ninguém, na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém, até quem nos abraça
Não há recordação que não tenha seu fim
Ninguém é de ninguém, o mundo é mesmo assim.